Manhã de segunda-feira, vinte e nove de agosto.
Tomada por uma sensação de incapacidade cruel, com a vontade de perseverar naquilo que havia dito. O amor não é fácil e todo mundo sabe, chega a ser clichê dizer isso, mas o dia a dia vai te sugando algumas alegrias. Chorei por duas horas seguidas e foi assim que ele me deixou, vendo os meus sentimentos escorrendo dos olhos, parecia não se importar muito (ao menos por fora), caso ele se importasse estava mascarando bem.
Entendo que cada um tem a sua verdade, os seus motivos, mas não se empenhar para entender o outro ou ao menos ouvir é frustrante. Deixei de fazer isso após avisar várias vezes, sempre sou eu quem tem que estar correndo atrás para resolver as coisas, uma vez que deixo em suas mãos este é o resultado final, primeiro desentendimento não resolvido no dia.
Ele não fala, não troca olhares, não tem nenhum comportamento que pareça querer resolver o caso, pode ser traços de sua personalidade, mas em um relacionamento as coisas tem que ser resolvidas à dois. Por quantas vezes vou ter que relembra-lo disso? é exaustivo repetir e não ver resultados. Estou completamente aberta para entender suas motivações, mas terá que fazer um esforço caso queira ser entendido. Uma carta aberta sobre sentimento para um amor distante.
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