domingo, 28 de janeiro de 2024

Disposta a amar de novo

Eu tiro a poeira do teclado enquanto me preparo para escrever mais uma vez sobre amor, agora os textos não são mais para aquela pessoa. O tempo passou, as coisas mudaram, a dor continuar e os traumas causados permanecem. Mas a história agora é outra, esta vem com um grande frio na barriga e cheia de 'e se', ainda é difícil aceitar que o coração já quer amar de novo, por mim deixava isso tudo de lado. 

Mas me considero uma pessoa muito intensa e carregada de amor, eu amo amar, amo me apaixonada por coisas e pessoas e isso se reflete nas relações. Sigo me descobrindo e me entendendo, achava que era uma pessoa que não conseguia ficar sozinha dado ao meu histórico de amor e ciclos de pessoas, que sempre fui substituindo uma a outra e nunca ficando sozinha de fato, desde que entrei para o mundo dos romances. 

Esse último ano tem me ensinado muito, ensinado o quão difícil é encontrar alguém disposto, alguém com os propósitos que tu confie de forma inegociável, alguém, acima de tudo, compatível. Sempre sonhei com um lindo casamento, um belo vestido branco, uma pessoa com os olhos marejados me esperando em frente ao altar, juramento perante a Deus de um amor lindo. Uma vida a dois é o meu ideal, quero alguém do lado para compartilhar os bons e os maus momentos da vida. 

Sempre quis tudo isso muito cedo, mas a vida prega peças e nada é como planejamos. Bom, mas se for por um bom motivo, uma boa pessoa acredito que vale a pena toda espera e anseios. Tem uma música que me pega muito quando se trata de encontrar um par, 'felizes para sempre' trás o conceito de nem que eu tente com todos os amores do mundo, uma hora encontro o meu. De certa forma isso me tranquiliza. 

Entre o vai e vem das buscas eu encontrei uma pessoa, mas não sei se ela me encontrou. Deslisando de um lado para outro no Tinder me deparei com o teu perfil, nos inicio de março de 2023, tinha algo peculiar em você que me atraiu de imediato, depois do match a gente se falou, trocou Instagram e seguiu a vida. 

Entre uma foto e outra trocávamos curtidas e respostas, conversas superficial e curtas com promessas de encontros. Até que em setembro nós nos encontramos em uma noite de domingo e tu chegou como eu imaginava, foi mais gentil do que eu poderia prever e me mostrou que pessoalmente as coisas fluíam. Foi uma noite encantadora e, até, memorável para mim que esperei tanto por esse momento. Em outros momentos, nos cruzamos pela vida. 

Quando retornei para Ponta Grossa nossas conversas ficaram mais frequentes e começamos a nos ver. Eu já sabia que estava encantada por tu, mas com o passar dos dias o sentimento que era apenas atração foi se desabrochando e me deixando com medo. Como assim eu estava começando a me entregar de novo? como poderia gostar de alguém agora? Eu só não quero sofrer de novo. Tu me disse em um encontro que joga com mascaras e isso me deixou preocupada. 

As nossas conversas já não fluíram mais tão bem, a vida acontece dos dois lados, mas queria que tu não esquecesse de mim, por que eu não esqueço de você. Sinto que fui fácil demais contigo, talvez devesse ter me segurando um pouco mais, são especulações que me faço diariamente enquanto aguardo uma mensagem. 

Tu tem os ideais que sempre quis, se encaixa nas coisas que gosto e espero de alguém, as ideias de vida batem, sei que são mundo diferente, mas estou disposta a explorar e aberta a tentar. Tu tem uma ritmo que me atrai, uma carinha que me pega, uma voz calma, um toque leve, uma altura que deixa a desejar, mas a bota já resolve o caso. O que quero diz é que tu é a personificação do que eu esperava, claro que são as minhas expectativas sobre alguém e você não é obrigado a corresponde-las, mas eu sei, também, que tu consegue sem esforço. 

Eu não sei como seguir e aprofundar essa história, não quero te assustar com as minha esperanças, porém não quero deixar livre a pensar que sou desapegada a gente. Estou aqui, de peito aberto esperando, com muito medo do que possa acontecer, e com o coração de uma adolescente querendo viver um romance, chega a ser clichê, mas ainda bem que amo histórias clichês. 

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