Calmarias de setembro

Setembro passou em um piscar de olhos e eu nem 'precisei' escrever. Digo isso pois costumo escrever quando não estou muito bem, confusa ou triste, o que não tem mais acontecido com tanta frequência. Os últimos meses tem sido calmos e bons, apenas perrengues comuns e diários, não aqueles que ocupam uma semana da sua mente. Tenho, pouquinho a pouquinho, aprendido a lidar com as coisas e como me portar perante as pessoas, o que é fundamental para a paz interior. Acho que isso acaba resplandecendo para os outros. 

Tenho recebido elogios bacanas, do tipo que sou bastante comunicativa, sei conversar, positiva, alegre, expansiva, bonita, o sorriso, claro, que sempre falam. Hoje estava no mercado, andando entre as prateleiras e um moço elogiou a minha tatuagem do braço, sorri instantaneamente. Já no caixa, o menino que empacotava as compras pediu licença e falou quanto meu cabelo é bonito, que ele brilha e que o cabelo curto é bonito. É sempre gosto ouvir essas coisas, elogios sobre características minhas que me fazem ser quem eu sou, que são parte da minha personalidade. 

O céu tem fica mais claro ultimamente, a chuva já não é mais um peso, o calor traz acalento e o frio o aconchego. Ter mudado foi a decisão mais difícil e mais importante que já tomei na minha vida, este anos tem me mostrado o quanto eu ainda posso ter esperança nas alegrias. A felicidade não é viver sorrindo, mas sim viver sem querer que as coisas acabem. Dia após dia agradeço a Deus pelo sonho que estou vivendo. 

Nem tudo são flores e claro que posso reclamar e listar as coisas difíceis também, mas prefiro não me apegar a isso. Meu objetivo era viver tranquila, ok, ir para a academia, ok, me alimentar melhor, ok, frequentar a igreja e estar próxima de Deus, ok, finalizar meu TCC, ok e quase lá. As minhas principais metas estão sendo contempladas diariamente. 

Estou a seis dias de apresentar meu TCC e com uma paz incrível, não vejo a hora disso acontecer e ser um sucesso. Meu livro finalmente está como eu esperava e queria desde o inicio, não tem como o resultado ser diferente e confio fortemente nisso. Neste blog escrevi um dos textos mais doidos e tristes da minha vida e quero, de todo o coração, escrever um dos mais bonitos sobre estar jornada, que esta quase no fim. A Kauana de 2018 não poderia imaginar o que aguardava por ela, agradeço ao meu eu de cada fase por ter perseverado e seguido em frente.